LINHA TEMPORAL DO MUSEU

O Museu da Memória Negra de Petrópolis nasceu para o mundo em meados de 2018 como proposta de projeto arquitetônico para a disciplina de Projeto V no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ Petrópolis – RJ, tendo como objetivo contido em ementa a análise e criação de espaços coletivos que atendessem à adequação programática, localização, acessibilidade, diálogo com o entorno, fluxos e racionalização construtiva.

Proposta criada pelo então aluno Filipe Graciano, homem negro atravessado por diversas questões raciais e atrelado também a uma escolha política e consciente de seu corpo negro no espaço da cidade. Nasce então a proposta de refletir sobre o lugar que nos colocam na história, promovendo outras narrativas com o propósito de criar representações positivas para constituição de uma identidade negra na plenitude de sua existência. 

2018

O trabalho então apresentado como entrega final da disciplina de Projeto V, constituiu-se na elaboração do Museu da Memória Negra de Petrópolis, um projeto de trabalho da memória negra na cidade de Petrópolis, com o objetivo promover a identificação individual e coletiva, trazendo à tona memórias antes planejadas para serem esquecidas. Tornando o negro protagonista de sua própria história.

Um projeto que vai ao encontro de uma negritude ancestral, de uma história e historicidade que precisa ser contada. Condicionado a uma urgência do debate o projeto extravasa o que é o espaço da universidade, iniciando uma jornada de compromisso de sua realização existencial no espaço de disputas da cidade e de suas narrativas.

2019

Nesse intuito, no dia 13 de maio de 2019, através de um convite aberto para a sociedade, fez-se a fundação simbólica do Museu da Memória Negra de Petrópolis. Em sua continuidade, o projeto foi apresentado em jornadas discentes e outros eventos, também sendo convidado e apresentado para o Conselho de Cultura da cidade de Petrópolis.

2020

Período de institucionalização e de aprofundamento do compromisso pela realização existencial do Museu da Memória Negra de Petrópolis.  Um museu que acredita na reinvenção de nós por nós. Que visa reconstruir do presente outras possibilidades de futuro, entendendo que tal condição exige uma nova realidade não só em termos de narrativa, mas também de moradia, saúde, trabalho, espiritualidade e tantos outros componentes sensíveis da presença negra

2021

Hoje o Museu da Memória Negra de Petrópolis firma-se como um movimento coletivo dedicado a fundar um acervo público para mulheres e homens negros desta cidade, reivindicando narrativas e  promovendo ações representativas para a população afro-petropolitana. 

Em 2021, frente ao apagamento de nossas presenças, se funda a galeria “SOU MEMÓRIA NEGRA”,  colocando o corpo negro como possibilitador de memória coletiva ancorada à fisicalidade negra, ao organismo como um quilombo que amplia o conceito de lugar. Um quilombo andante, vivo! Uma ação que propõe pensar o corpo, os gestos, os modos e a linguagem como materialidade central para a produção de memória, de identidade e, portanto, de história, presenças negras eternizadas!

A virtualização do Museu vem como proposta aos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, mas também como forma de reinvenção às provocações colocadas aos museus na atualidade. O Museu Virtual da Memória Negra de Petrópolis também parte de uma visão estratégica de aproximação e contato com a população da cidade. A virtualização do projeto vem como um instrumento que pode facilitar a realização existencial do museu, de modo a democratizar o acesso ao seu acervo, assim, descentralizando formas de conhecimento.

PRÓXIMOS PASSOS...

Daqui em diante caminhamos rumo a realização existencial do museu, uma visão estratégica  dividida em curto, médio e longo prazo para consolidação da Memória Negra de Petrópolis no espaço de disputas da cidade e de suas narrativas. Caminhada alinhada aos nossos objetivos e trabalho de memória em suas pluri-(re)existências!

 

UM MUSEU DE COMUNICAÇÃO DAS PRESENÇAS!